ESTUDOS INTERDISCIPLINARES EM HISTÓRIA


Leia com atenção:

 

Compreender como o mundo social é (re)construído pelas pessoas nas suas relações sociais trazem para o campo da reflexão as experiências vividas pelos diversos sujeitos, inserindo na História os que vivem à margem da cultura dominante, não como grupos isolados a quem damos voz porque excluídos, mas como homens e mulheres que reconstroem cotidianamente suas experiências nos debates diários com outros sujeitos, dominantes ou não. Em qualquer situação encontramos sujeitos sociais em movimento, refazendo-se enquanto grupo ou indivíduo, reelaborando valores, reivindicando direitos, lutando por hegemonia, ou seja, refazendo-se no social. (CARDOSO, Heloisa Helena Pacheco. Fontes orais na História Social: desafios e caminhos de interpretação. ANPUH – XXV Simpósio Nacional de História – Fortaleza, 2009, p. 3-4).

 

O fragmento destaca uma nova interpretação proposta pela História Social, denominada:


História das mentalidades.
História da longa duração.
Micro-história.
História vista de baixo.
História das classes dominantes.

Segundo Jaime Pinsky, faz-se necessário que o ensino de História seja revalorizado e que os professores percebam sua responsabilidade social perante os alunos, preocupando-se em ajudá-los a compreender e a melhorar o mundo em que vivem. “Para isso, é bom não confundir informação com educação” (PINSKY, Jaime (org). História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas. São Paulo: Contexto, 2004, p. 22). A partir desse pensamento, analise as assertivas abaixo:

 

I - A sala de aula não deve ser um espaço onde se transmitem informações, e sim onde se trocam vivências e onde os interlocutores constroem sentidos.

II - Não se aprende História somente na escola, estamos a todo momento “mergulhados na História, seja pelas lembranças familiares, festejos locais, nacionais e mundiais.

III - Os professores devem se perceber como produtores do saber e não como simples aplicadores de fórmulas prontas, produzidas por outras pessoas.

 

É correto o que se afirma em:

 


I, II e III.
I, apenas.
I e II, apenas.
II e III, apenas.
II, apenas.

Na atualidade, mesmo numa educação presencial, o professor precisa aprender a gerenciar outros espaços para além da sala de aula, integrando ao seu método de ensino recursos tecnológicos que permitam diversificar o processo de ensino-aprendizagem. Considerando o uso de novos espaços e tempos de aprendizagem pelo professor, analise as afirmativas a seguir:

 

I – Apesar de salas de aulas conectadas às tecnologias ainda ser uma realidade distante em muitas escolas, é importante capacitar o professor para fazer uso de ambientes virtuais e laboratórios de informática.

II – A sala de aula como ambiente presencial tradicional do ensino brasileiro deve ter caráter permanente como único espaço em que se estabelece de forma satisfatória a relação entre professor-aluno-conhecimento.

III –  A escola deve privilegiar a aprendizagem em espaços físicos, organizando os currículos com visitas a museus, centros culturais, cinemas, teatros, parques, etc, de modo que tais espaços suprimem o uso de ambientes virtuais.

IV – Os ambientes virtuais devem complementar o que alunos e professores fazem em sala de aula, desenvolvendo a aprendizagem em três campos: pesquisa, comunicação e produção-divulgação.

 

É correto apenas o que se afirma em:


III e IV.
II, III e IV.
II e III.
I, II e III.
I e IV.

Leia o trecho:

A História Cultural corresponde, hoje, a cerca de 80% da produção historiográfica nacional, sob a forma de livros e artigos científicos, como nas apresentações de trabalhos, em congressos e simpósios ou ainda nas dissertações e teses, defendidas e em andamento, nas universidades brasileiras. Essa constatação, dada a partir dos anos 90 do último século no Brasil, marca uma verdadeira virada nos domínios de Clio. (PESAVENTO, Sandra J.. História & História Cultural, 2014).

 

Entre as características na Nova História Cultural, podemos destacar:

 

I- Representação, simbólico e imaginário são alguns conceitos utilizados no estudo da História Cultural.

II- Carlo Guinzburg, Roger Chartier e Edward Thompson são alguns dos principais historiadores desta corrente.

III- Apresentava uma preocupação especial com os grandes acontecimentos e com as figuras de destaque da história.

 

Estão corretas as afirmações contidas em:


I e II, apenas.
I e III, apenas.
I, II e III.
II e III, apenas.
II, apenas.

Leia, abaixo, o que Ruiz nos diz sobre o pensamento do historiador francês François Hartog em relação à sua visão de história:

“(...) não é mais possível escrever História do ponto de vista do futuro e que o passado mesmo, e não apenas o futuro, tornou-se imprevisível ou mesmo opaco.” (RUIZ, 2009, p. 26-27).

Nessa visão, pode-se perceber que o historiador aponta para:

 


A impossibilidade de se escrever a História. 
Uma positividade da História em relação ao presente. 
Um descrédito em relação aos fatos históricos. 
Uma crise nos modelos historiográficos.
Um distanciamento dos historiadores em relação aos fatos do passado. 

Leia o trecho extraído do documento Diretrizes Gerais do Plano Nacional de Desenvolvimento (1955) do governo de Jucelino Kubitschek:

 

“...o programa de governo que me proponho a realizar prevê, inicialmente, a adoção de um Plano Nacional de Desenvolvimento no qual se determinam os objetivos e as condições necessárias para que a iniciativa privada nacional, com o auxílio do capital estrangeiro e a eficaz assistência do Estado, possa realizar a grande tarefa de nosso progresso...”.

 

Representado pelo lema “cinquenta anos em cinco”, este programa ficou conhecido como:

 


Milagre econômico.
Plano Real.
Política do café com leite.
 Plano de Metas.
Planos Quinquenais.

Leia o trecho abaixo, extraído da obra Os Sertões (1902), de Euclides da Cunha.

 

"Espécie de grande homem pelo avesso, António Conselheiro reunia no misticismo doentio todos os erros e superstições que formam o coeficiente de redução da nossa nacionalidade. Arrastava o povo sertanejo não porque o dominasse, mas porque o dominavam as aberrações daquele. Favorecia-o o meio e ele realizava, às vezes, como vimos, o absurdo de ser útil”.

 

A época dos coronéis também foi a época das revoltas no campo. No Brasil da I República, o grande poder dos latifundiários teve como contrapartida a explosão de importantes revoltas de camponeses pelo interior do país. Dentre elas podemos destacar:


A Guerra de Canudos e a Revolta do Contestado.
 Os quilombos de Palmares e de Ambrósio.
O Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra e as Pastorais da Terra.
A Coluna Prestes e os cangaceiros do nordeste
As Ligas Camponesas e os sindicatos rurais.

A corrida de ouro de Minas Gerais do século 18 fez pequenas vilas rurais se transformarem em cidades dinâmicas e com uma população bastante heterogênea. Foi um fenômeno poucas vezes visto no Brasil. Depois de 200 anos procurando, Portugal tinha enfim o encontrado em larga escala no Brasil.

 

Sobre as transformações que o ouro provocou no cotidiano do “interior mineiro” podemos citar:

 

I   – O aparecimento de hospedarias lotadas, a multiplicidade de armazéns, a quantidade de vendedores disputando espaço nas ruas, alterando o cotidiano pacato da antiga região.

II   – O surgimento de pequenas atividades manufatureiras como sapateiros, ferreiros, alfaiates, tecelões e outros que possibilitaram o surgimento de uma camada econômica intermediária inexistente na economia açucareira.

III   – A importância das irmandades religiosas que fazendo festas competiam para construir as Igrejas e os casarões mais bonitos o que propiciou o surgimento de hábeis “arquitetos”, artesãos, pintores que “brincavam” com o Barroco.

IV   – A escravidão tornou-se intensa, mais rígida e controlada dificultando que os escravos conseguissem juntar o suficiente para comprar a carta de alforria.

 

É CORRETO o que se afirma em:

 


II e IV, apenas.
I, II, III e IV
I, II e III, apenas.
III, apenas.
II e IV, apenas.

Nenhum negro traficado para o Brasil pode escapar dos movimentos de troca cultural. Por vezes, o intercâmbio ocorria antes mesmo que os cativos embarcassem nas naves do tráfico. Merecem destaque os fenômenos de aculturação ocorridos entre a captura e o embarque dos prisioneiros. Este fato, aliás, recebeu atenção especial de uma grande especialista em história africana. Em artigo escrito para o Jornal do Brasil, Destino impresso na cor da pele, Marina de Mello e Souza relata que:

 

Ao serem arrancados de suas aldeias e transportados pelo continente africano rumo às feiras regionais e aos portos costeiros, os escravos de diferentes etnias misturaram-se, aprenderam a se comunicar, criaram novos laços de sociabilidade que se consolidaram durante os horrores da travessia atlântica, e se institucionalizaram no seio da sociedade escravista colonial, à qual foram inseridos à força, acabando por encontrar formas de integração. (SOUZA, 2003)

 

Os tumbeiros transportaram, pouco a pouco, as muitas Áfricas que, em terras brasileiras, cuidaram de criar outras tantas. Na mata e no cerrado, entre o litoral e o interior, floresceu a novidade. A África-Bahia; a África-Minas; a África-Maranhão, flores próximas, polinizaram-se. Mas, quais foram as etnias fundamentais que participaram desse processo de constituição do afro-descendência brasileira? 

 

Assinale a alternativa com a assertiva correta:

 


No grande Reino do Congo, embarcaram os grupos de língua banto - estes povoaram o sudeste brasileiro e chegaram em maior número ao Brasil.
As antigas tribos de Madagascar alicerçaram a consubstanciação sociocultural que está nas raízes da afro-descendência brasileira.
 A África do Sul participou ativamente desse processo de condensação dos elementos étnicos que compuseram a afro-descendência brasileira.
Da chamada Costa dos escravos - atual Angola - partiram os negros haitianos que se concentraram no sul do Brasil.
Iorubanos e bantus, inimigos históricos constrangidos à dividir o mesmo espaço, nunca conseguiram permutar entre si os seus valores socioculturais.

“Um ano após a abolição da escravidão a República foi proclamada no Brasil – dois eventos fundamentais na história da sociedade brasileira, pois permitiram estabelecer a igualdade jurídica de todos os brasileiros.” (VAINFAS, Ronaldo. FARIA, Sheila de Castro. FERREIRA, Jorge. SANTOS, Jorgino dos. Ed. Saraiva, São Paulo, 2010).

 

Sobre os anos iniciais da República pode-se afirmar que:

 

I  – a República começou com grande euforia na área econômica por conta da política comandada por Rui Barbosa, Ministro da Fazenda.

II  – com a queda do Marechal Floriano Peixoto, segundo presidente militar do período republicano, em novembro de 1894, a faixa presidencial é passada ao paulista Prudente de Morais, um republicano histórico.

III  – a política dos governadores, as revoltas sociais, religiosas e messiânicas, não interferem na estabilidade vivenciada pela República até a Revolução de 1930.

 

É correto o que se afirma em:


I, apenas.
II e III, apenas.
I, II e III
I e II, apenas.
I e III, apenas.
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